sexta-feira, 16 de outubro de 2009

DESCOBRINDO A MATEMÁTICA NO JARDIM 1
Por Alessandra Zancan

Objetivos
*Propor questões desafiadoras, ou seja um conjunto de ações que elevem o raciocínio ao nível de pensamento, favorecendo desta maneira a aprendizagem de regras, encorajando-as a construir por si mesmas seus próprios valores morais e limites.
*Valorizar ações autônomas das crianças, levando-as a tomada de decisões, partindo das mais simples para as mais complexas.
*Utilizar jogos para promover através deles o desenvolvimento da aprendizagem, resolução de conflitos, noções de espaço e tempo e a imaginação.
*Estimular a fantasia e a imaginação através da contação de história, utilizando diversos recursos, a fim de enriquecer o vocabulário, assim como criar o hábito da leitura.

Justificativa
Existem muitas formas de conceber e trabalhar com a matemática na Educação Infantil, pois está presente na arte, na música, em histórias, na forma como organizo o meu pensamento, nas brincadeiras e jogos infantis. As crianças descobrem coisas iguais e diferentes, organizam, classificam e criam conjuntos, estabelecem relações, observam os tamanhos, brincam com as formas, ocupam um espaço e assim, vivem e descobrem a matemática.
Smole (1999) enfatiza o fazer matemático para desenvolver a habilidade de resolver problemas, assim desenvolvera suas potencialidades em termos de inteligência e cognição. Para que isso seja possível, depende diretamente das experiências iniciais que a criança vivenciou na relação com a matemática, pois Piaget nos ensina que as estrutura intelectuais desenvolvem-se através das próprias atividades que a criança faz uso.
Pensando nisso, tudo o que temos que fazer é criar condições para que a matemática seja descoberta, oferecer estímulo e estar atentos às descobertas das crianças. Assim, buscou-se desenvolver atividades que priorizassem a descoberta de novos conhecimentos através da exploração de diversas situações.
Abaixo, será exposto algumas das atividades feitas em sala de aula
Jogo da Velha: Análise, síntese e observação.

“Segundo Piaget (1975), por meio do jogo a criança assimila o mundo para atender seus desejos e fantasias. O jogo segue uma evolução que se inicia com os exercícios funcionais, continua no desenvolvimento dos jogos simbólicos, evolui no sentido dos jogos de construção para se aproximar, gradativamente, dos jogos de regras, que dão origem à lógica operatória. Segundo o autor, nos jogos de regras existe algo mais que a simples diversão e interação pois, eles revelam uma lógica diferente da racional”. gradativamente, dos jogos de regras, que dão origem à lógica operatória. Segundo o autor, nos jogos de regras existe algo mais que a simples diversão e interação pois, eles revelam uma lógica diferente da racional”.

Dominó com caixa de leite: Exploração de quantidade, atenção e observação (igualdade e diferença).
Jogo do Ratinho: Descentrar-se, colocando-se no lugar do outro;Considerar as possibilidades e impossibilidades, prever. Ensaio / erro = linhas circulares

Amarelinha: Coordenação motora e exploração de quantidades.

“As regulações ativas geradas por este processo implicam decisões deliberadas dos indivíduos que originam novos procedimentos de jogo. Apresentam um caráter construtivo e por meio delas a retomada de uma ação é sempre modificada pelos resultados da ação anterior em um processo contínuo de modificação das ações seguintes, em função dos resultados das ações precedentes (MACEDO, 1994)”.

*Manipulação, construção e representação de objetos estruturados, desenvolvimento de habilidades de discriminação e memória visual;
*Constância de forma e tamanho.

Blocos Lógicos: Conhecimento matemático dos objetos do espaço que se tornam objetos geométricos, passa por um esforço de sistematização coerente. Os objetos reais são um simples pretexto de pensamento matemático. “São suas propriedades que serão repertoriadas, diferenciadas, comparadas”. PIRES (p.29)

Siga Lógica: Observar e reproduzir uma seqüência de cores e formas.

"Para que o ser humano se relacione bem com a Matemática é necessário que faça todas as relações possíveis entre os objetos: é igual, é diferente, é maior, é menor etc. Do ponto de vista pedagógico, acreditamos ser importante que o professor leve a criança a construir todas as relações possíveis entre os objetos, nas construções do seu próprio brincar: agrupar objetos por suas semelhanças; fazer classificações simples e em série; comparar tamanhos: maior, menor, igual etc." Rosa Maria Maciel e Maria Luiza Benedetti
Conclusão:
O trabalho de Matemática na Educação Infantil deve, dessa forma, garantir que as crianças façam mais do que recitar números e decorar os nomes de figuras geométricas. É preciso que possam, partindo dos conhecimentos prévios de cada uma, avançar em seus conhecimentos mediante situações significativas de aprendizagem.
Várias são as possibilidades para que isso ocorra: as situações de jogos; as resoluções de problemas; as atividades lógicas etc. O que vai garantir um aprendizado efetivo é que a criança possa ser o protagonista desse processo, ou seja, um ser ativo que busca respostas a questões verdadeiras e instigantes.

Bibliografia:
• PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
• SMOLE S.; DINIZ, M.; CÂNDIDO, P. Brincadeiras infantis nas aulas de matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
• TOMAZINHO, R. As atividades e brincadeiras corporais na pré-escola: um olhar reflexivo. Dissertação de Mestrado. Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo.

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